Quando uma crença limitante morre: o luto invisível das transformações internas
- Livia Bueno

- 6 de abr.
- 2 min de leitura
Nem toda dor tem uma causa visível. Às vezes, estamos em luto por algo que nunca existiu no mundo físico – mas que era bem real dentro de nós.
As crenças limitantes que criamos são como seres vivos.
Mesmo quando ainda habitam apenas o plano mental, elas possuem forma, força e frequência. Alimentamos essas crenças com pensamentos, emoções, repetições... até que elas se consolidam e passam a fazer parte de quem acreditamos ser.

Mas o que acontece quando percebemos que uma dessas crenças não nos serve mais?
Quando desconstruímos uma crença – seja sobre nós mesmos, sobre o mundo ou sobre o outro – atravessamos um processo semelhante ao luto. Há negação, raiva, tristeza. Muitas vezes há também culpa, confusão e até uma sensação de perda de identidade. Afinal, aquela crença sustentava estruturas internas importantes. Ela dava um “sentido” à dor, à espera, ao esforço. Quando ela cai, tudo precisa ser reorganizado por dentro.
Se essa mudança acontece de forma brusca – por uma crise, uma perda, uma imposição externa – o impacto pode ser profundo e doloroso. É como se um pedaço de nós fosse arrancado sem aviso.
Mas quando essa transformação acontece de forma consciente, com amor e presença, o processo é diferente. Ainda há dor, mas ela vem acompanhada de clareza. A entrega acontece com respeito. O novo começa a se formar aos poucos, com espaço, com verdade.
Não somos apenas seres de carne e osso. Somos feitos também de ideias, imagens, narrativas e vibrações. E cada vez que uma crença morre dentro de nós, algo novo tem a chance de nascer.
Se você está em processo de mudança, e sente que está “de luto sem saber por quê”... talvez seja uma crença limitante que esteja partindo. Honre essa passagem. Dê espaço para o novo.




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