A Sabedoria do Feminino: Honrando os Momentos de Quietude e Não-Ação
- Livia Bueno

- 25 de mar.
- 1 min de leitura
Existem momentos em que o corpo pede pausa. O cansaço toma conta, a vontade desaparece, e tudo parece paralisado. São períodos em que não temos energia para fazer, para agir, para seguir em movimento. E ainda assim, nesses momentos de não-movimento, algo essencial está acontecendo.
Nem sempre é fácil enxergar valor no silêncio, na falta de ação, no espaço vazio. Existe um julgamento muito forte em torno do não fazer — como se descanso fosse desperdício, e silêncio fosse ausência de vida. A cobrança interna diz que deveríamos estar produzindo, nos movimentando, correndo atrás. Como se tudo só pudesse acontecer pelo esforço.
Mas e se não for assim?
A Sabedoria do Feminino e o Espaço Necessário para Criar

A energia do feminino — como potência, como frequência, como sabedoria — nos convida a olhar para esse espaço de outra forma. O feminino é o útero, o vazio que gesta. É o silêncio fértil onde algo pode nascer. Se tudo está cheio, não há onde algo novo possa chegar. Se estamos tomados por tarefas, ruídos, preocupações, desejos, como pode algo espontâneo, verdadeiro e criativo surgir?
Criar exige espaço. Intuir exige pausa. Gerar exige vazio.
Quando negamos esse lugar dentro de nós, negamos também a possibilidade de acessar algo mais profundo: uma forma de viver que não depende apenas da força, mas da frequência. Um ritmo que não é imposto, mas sentido.
Honrar o feminino é permitir que esses momentos de quietude existam sem culpa. É confiar que o silêncio também movimenta. Que o descanso também constrói. Que o vazio também é vida — em gestação.




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