Personal branding para terapeutas: seja você, não o Instagram
- Livia Bueno
- há 6 horas
- 7 min de leitura
Você já se pegou olhando o Instagram, vendo aqueles perfis impecáveis de outros terapeutas e pensando "preciso fazer igual"? Copiou aquele formato de carrossel que viralizou, usou aquela legenda que todo mundo está usando, tentou replicar aquele tom de voz que parece funcionar para todo mundo — menos para você?
Se a resposta é sim, respira. Você não está sozinho. E mais importante: você está caindo na armadilha mais perigosa do marketing digital para terapeutas holísticos.
O que realmente é personal branding para terapeutas (e o que não é)
Personal branding não é ter um feed bonito. Não é usar as mesmas templates que a concorrência. Não é virar "influencer". Personal branding é a percepção que as pessoas têm sobre você — e essa percepção precisa ser autêntica, ou não se sustenta.
Quando falamos de marca pessoal para terapeutas, estamos falando da sua essência traduzida em presença digital. É como você se posiciona, comunica seus valores, atrai clientes ideais e se diferencia em um mercado cada vez mais saturado. Mas aqui está o segredo: quanto mais você tenta parecer com os outros, menos você se destaca.
Por que copiar tendências está matando sua marca pessoal
O Instagram é um campo minado de trends. Todo dia surge um novo formato "que funciona", uma nova estratégia "infalível", um novo jeito de falar que "converte". E aí você vê terapeutas copiando uns aos outros, criando um exército de clones digitais que falam igual, postam igual, vendem igual.
O problema? Seu cliente ideal não quer um clone. Ele quer você.
Quando você copia tendências sem estratégia, três coisas acontecem:
1. Você perde sua identidade
Sua comunicação vira uma colcha de retalhos. Um dia você é corporativo porque viu que "funciona", no outro dia é super descontraído porque viralizou, no terceiro você está tentando ser motivacional porque todo mundo está fazendo. Resultado: ninguém sabe quem você realmente é. Nem você.
2. Você atrai o público errado
Sabe aquele cliente que chega cheio de expectativas que não batem com o seu trabalho? Que quer o que você não oferece? Que não valoriza sua abordagem? Provavelmente você o atraiu com uma comunicação que não era sua. Quando você imita outra pessoa, atrai os clientes dela — não os seus.
3. Você se esgota tentando sustentar uma persona
Manter uma máscara é exaustivo. Criar conteúdo vira um fardo quando você está sempre tentando ser alguém que não é. E o pior: isso transparece. As pessoas sentem quando algo não é genuíno, mesmo que não saibam explicar exatamente o quê.
Autenticidade é estratégia
Tem um medo comum aqui: "mas se eu for eu mesma, vão me julgar". Ou "minha personalidade não é marketeira o suficiente". Vamos esclarecer uma coisa importante: ser autêntico não significa compartilhar cada detalhe da sua vida pessoal ou fazer textão todo dia.
Autenticidade no personal branding significa:
Comunicar com sua própria voz, não com a voz que você acha que deveria ter
Escolher temas e formatos que façam sentido para você, não os que estão na moda
Ser consistente com seus valores, mesmo quando isso não é o caminho mais fácil
Mostrar sua expertise do seu jeito, não do jeito que "todo terapeuta" faz
Isso sim é estratégico. Porque quando você comunica de forma autêntica, você cria conexão real. E conexão real gera confiança. E confiança gera clientes que realmente valorizam o seu trabalho.
Como construir personal branding autêntico (sem virar refém do Instagram)
1. Identifique seu DNA de marca pessoal
Antes de criar qualquer conteúdo, responda:
Quais são meus valores inegociáveis no trabalho que faço?
O que me diferencia de outros terapeutas da minha área?
Que tipo de transformação eu realmente entrego aos meus clientes?
Como eu naturalmente me comunico quando estou confortável?
Quais temas eu poderia falar por horas sem me cansar?
Essas respostas são sua bússola. Toda vez que você for criar conteúdo, volte aqui. Se não estiver alinhado, não poste.
2. Defina seu posicionamento (e aceite que você não é para todo mundo)
Aqui mora o ouro: você não precisa agradar todo mundo. Na verdade, você não deveria nem tentar.
Seu posicionamento é a intersecção entre:
O que você faz de melhor
O problema específico que você resolve
Para quem você resolve (seu cliente ideal)
Como você resolve de forma única
Exemplo ruim: "Sou terapeuta holística e ajudo pessoas a viver melhor"
Exemplo bom: "Ajudo mulheres empreendedoras que sofrem de ansiedade crônica a recuperar o equilíbrio através de Reiki e práticas de mindfulness personalizadas"
Viu a diferença? O segundo é específico. Excludente. E por isso, poderoso.
3. Crie conteúdo que você gostaria de consumir
Esqueça os hacks de engajamento por um segundo.
Pensa: que tipo de conteúdo você genuinamente gostaria de ver no seu feed? Que formato te deixa confortável criar? Vídeo, texto longo, carrossel educativo, story mais pessoal?
Não existe um formato certo. Existe o formato certo para você. Se você odeia aparecer em vídeo, não precisa fazer reels dançando. Se você ama escrever, invista em legendas longas e blog posts. Se você é visual, capriche nos carrosséis.
A consistência vem naturalmente quando você está criando algo que te energiza, não que te drena.
4. Desenvolva sua linguagem própria
Você não precisa usar jargões de coach se você não é coach. Você não precisa falar "corpinho" se isso te dá arrepios. Você não precisa fingir que é hiper animada se você é naturalmente mais introspectiva.
Observe como você fala naturalmente com seus clientes em sessão. Essa é sua voz. Essa é a voz que deveria estar no seu Instagram, no seu site, em todo lugar.
5. Ignore as métricas de vaidade (pelo menos às vezes)
Sim, números importam para crescimento. Mas um post com 50 curtidas que atrai 3 clientes ideais vale infinitamente mais que um post viral com 5.000 curtidas que não gera nenhuma conversão.
Foque nas métricas que realmente importam:
Quantas pessoas te procuram dizendo "me identifiquei com o que você disse"?
Quantos clientes chegam até você já alinhados com sua abordagem?
Qual a qualidade das conversas que você está tendo no direct?
Essas sim são métricas de um personal branding autêntico funcionando.
O paradoxo da autenticidade no marketing
Aqui está a parte que parece contraditória, mas é libertadora: quando você para de tentar agradar todo mundo e abraça sua singularidade, você se torna mais atraente para as pessoas certas.
É como relacionamentos. Você não quer alguém que goste de uma versão editada sua. Você quer alguém que te ame pelo que você realmente é. O mesmo vale para seus clientes.
Então sim, ser autêntico vai fazer algumas pessoas não se conectarem com você. Ótimo. Essas não são suas pessoas. Deixa elas irem procurar outro terapeuta que ressoe com elas. Enquanto isso, você está construindo uma tribo de clientes que te entendem, te valorizam e indicam você naturalmente porque sabem exatamente quem você é e o que você faz.
Personal branding autêntico é um processo, não um destino
Sua marca pessoal vai evoluir. Você vai testar coisas, algumas vão funcionar, outras não. Você vai afinar seu posicionamento com o tempo. Vai descobrir novas camadas da sua identidade enquanto terapeuta e empreendedor.
Isso é normal. Isso é saudável.
O que não muda é o compromisso com a autenticidade. Com comunicar a partir do que você realmente acredita e valoriza, não do que você acha que deveria acreditar e valorizar.
Três perguntas para fazer antes de postar qualquer coisa
Antes de apertar "publicar", pergunte:
Isso soa como eu? — Se você tivesse que ler isso em voz alta para um cliente, seria natural?
Isso serve meu cliente ideal? — Essa mensagem ressoa com as pessoas que você quer atrair ou você está tentando agradar todo mundo?
Eu me sinto bem compartilhando isso? — Você está orgulhoso desse conteúdo ou está postando só porque "precisa postar algo"?
Se as três respostas forem sim, vai em frente. Se alguma for não, revisa.
O Instagram não precisa ser um palco — pode ser uma conversa
No final das contas, o Instagram (e qualquer outra plataforma) é só uma ferramenta. Ela não define quem você é como terapeuta. Ela não determina seu valor. Ela é apenas um canal para você se conectar com pessoas que precisam do que você oferece.
Quanto mais você encara suas redes como um espaço de conversa genuína — não como um palco onde você precisa performar — mais leve e efetivo fica seu personal branding.
Seja você. Comunique do seu jeito. Atraia quem precisa de você, não de uma versão editada sua.
Porque no fim, ninguém vai lembrar do carrossel perfeitinho que você copiou de alguém. Vão lembrar de como você fez eles se sentirem compreendidos. E isso, você só consegue sendo genuinamente você.
Está pronto para construir sua marca pessoal do jeito certo? Comece identificando seu DNA de marca. Pegue um papel e responda honestamente aquelas cinco perguntas do tópico 1. Essa é a fundação do personal branding para terapeutas. O resto é consequência.
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✨ Como escolher o modelo certo para a sua especialidade e forma de trabalhar
✨ Como criar e lançar sua primeira versão em até 2 horas — mesmo sem entender nada de tecnologia
Ao final, você terá seu primeiro lead magnet pronto para começar a construir sua lista de clientes ideais. Aqueles que realmente se conectam com você e com sua abordagem.
Porque personal branding autêntico é essencial, mas precisa de estratégia para virar atração real de clientes. E é exatamente isso que um lead magnet bem feito faz por você.
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